quarta-feira, 3 de abril de 2019

O DILEMA (des)HUMANO


O DILEMA (des)HUMANO

Em 1944, o economista sueco Gunnar Myrdal (1898-1987) escreveu um estudo, Um dilema americano: o problema do negro e a democracia moderna (An American Dilemma: The Negro Problem and Modern Democracy), que se tornou um clássico – mas hoje anda meio esquecido - sobre esse dilema histórico, sobretudo nas sociedades americanas onde o negro foi jogado, usado e abusado e depois “reintegrado”. [não precisa ser totalmente negro, ou nada de negro, depende também da geografia e das rezas...] No Brasil existem muitos estudos. Mas na realidade nenhuma solução a curto e a longo prazo, como se fosse uma questãojudeusXmuçulmanosXcristão: sem saída?
 O dilema se agrava e o estopim está aceso, vários estopins: nas cidades, nas universidades, nas escolas e em breve tomarão as ruas...
Os dilemas dos homens sempre foram os outros homens, como se a natureza humana não suportasse a si mesma e rumasse para uma autodestruição coletiva inexorável. Amém!

José Eduardo de Oliveira

22.06.16

O preto e o branco, o passado e o futuro (e o presente? Idiota!)

Há poucos instantes era dia. Nós, pelo menos eu, estamos em julho de 2016.  O contexto, o velho contexto. Agora é noite. A dualidade dia-noite é usada em seres humanos desumanamente.
Mas seres não possuem cores, possuem epiderme que não interfere no cérebro nem no tecido pulsante do coração. Nem em suas fezes, nem em sua sexualidade, por assim dizer, não no tesão.
Mas isso é poesia, não é realidade. Ontem mesmo um carro bomba foi detonado em Nice, França. Anteontem, ou antes, de anteontem, a Alemanha, foi eliminada da Copa dos Campeões ou Eurocopa, pelos franceses, que ontem foi eliminada pelos portugueses que faturou a taça, sem CR7!
Quem detonou o carro bomba, provavelmente não era branco, nem francês legítimo. Ou era branco, mas não era cristão, como o Batman. As vítimas, nem os detonadores não viveram no passado, ou pelo menos na época das cruzadas. Mas morreram para fazer uma coisa que nunca foram ou serão capazes de fazer: modificar o passado de seus antepassados. A tragédia tem senso de ridículo, mas é humorística, de certa forma, já que é patética!
De volta ao velho e universal futebol.  Na seleção alemã, nem todo mundo era branco, nem alemão. Mesmo assim, também a França e o seu glorioso time multirracial exultante não iria, nunca, prever que perderia para a Seleção de Portugal, mais miscigenada ainda (talvez pelo seu passado pioneiro em fabricar nas senzalas novas “étnias”, sobretudo em suas colônias). Além do mais, quem marcou o gol da vitória não nasceu em Nice nem em  Lisboa ou pelo menos não ostenta White no passaporte nem em sua epiderme. Entretanto, segundo Lex Luthor, “as fronteiras permanecem fechadas para refugiados famélicos ou não!”
O que importa isso? Nada! Bruce Wayne leu Gilberto Freyre e reclamou porque só a mulher gato era afradescendente!
Só que em toda a Europa  - além do euro , brevemente -, a única utopia da eliminação do preconceito étnico, se é que as favelas do mundo entendem essa diagramação, será o futebol. Até no Brasil, sobretudo, no Atlético mineiro, eles não consideram jogador argentino estrangeiro. Sobretudo na conta bancária dos exilados que agora viraram craques do futebol! Democracia futebolística, tipo, olimpíada...
No mais, a História (com H maiúsculo) é rápida demais. Istambul ou Bizâncio ou Constantinopla, passou por mais um “golpe”... entretanto Santa Sophia (a igreja, a mesquita, o museu),  ereta por homens, permaneceu ereta, sóbria...diferentemente da mesma estirpe do Homo Sapiens que a edificou e que nunca souberam o que fizeram no passado, nem o que fazem no presente.  Ereção para os homens é outra coisa!
Já que não tem solução mesmo, vamos aos fatos: cidadão invade delegacia de polícia de Dallas, Estados Unidos, e mata cinco policiais. Ponto.  O “velho dilema” (Myrdal), americano, rise!
Apesar de ser negro e a ação mirar policiais brancos que cotidianamente matam cidadãos negros como num “doom” racista, o atirador morto por policiais, não selecionou seus alvos. E quem seleciona? como disse o apache Gerônimo!?
16.07.16

José Eduardo de Oliveira

PS. Já que não serei lido, escreverei agora, somente coisas incompreensíveis, ilegíveis por assim dizer, ou escrever...
Enviado para alguns seres humanos miscigenados, como eu, no 13 de maio de 2018

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