aos 16 achava o mundo uma bosta, com adultos violentos e
cheios de álcool. As meninas eram minhas
inimigas e focos de minhas punhetas. Elas sempre se referiam a mim como: ele é
feio e ainda usa óculos...
Um dia por um motivo improvável vi uma calcinha
transparente com uns cabelos na buceta como se
fossem raízes. Uma fissura,
entrecortada com suaves e minúsculas raízes, sob aquela película de calcinha. Protegendo
aquilo tudo tinha uma menina de doze ou treze
anos chamada P. .Várias noites sem dormir pensando na coisa no meio daquelas
pernas cabeludas e lisas e que jamais foram minhas. Ela tinha uma beleza distante, muito distante.
Tão distante como o Kilimanjaro. E um dia por uma conjunção provavelmente chamada
acaso do destino dei nela uns dois ou três beijos...inesquecíveis. que depois outras bocas impuras me fizeram
esquecer.
.... e hoje, ao longe ou perto, algumas pererecas coaxam nos
brejos da minh´alma...
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