Brecht e os oprimidos
Bertolt Brecht (1898-1956), poeta e dramaturgo alemão, que comeu o pão que os sectários amassaram com seus tobas sujos de coisas sujas que eles roubaram e comeram e depois defecaram, e que hoje pouca gente leu e outros nunca ouviram falar, no epitáfio que escreveu em homenagem a Rosa Luxemburgo (1870-1919), assassinada, cruel e covardemente por seus contemporâneos vendidos, para alguma forma de governo assassino, exortou: “Oprimidos, enterrai vossa discórdia!” Mas isso não ocorreu e nós carne de segunda continuamos uns aos outros nos empurrando na fétida máquina que governa, seja à direita ou à esquerda, nas putas que os pariu, numa autofagia sem fim. Eu tenho razão! Diz o famélico ao outro famélico. E fodam-se todos, poderia dizer ainda o velho Brecht, que ainda revira em seu túmulo cheio palavras que ninguém leu e coberto de esquecimento e dor, “E o que virá depois: não é digno de nota!”
16.01.20
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