J & J and the first and last night
A noite foi curta
A manhã foi curta
Você perfeita e inexplicavelmente passiva demais
Generosa demais (“Foi mágico”)
(doação total demais)
Para este Velho rabugento.
Bêbado e inútil demais.
Ainda bem que passou
O que passa deixa
Memórias inextinguíveis
E
Fragmentadas demais.
Algumas doces demais.
Como uma lufada de tabaco
Dos infernos
Ou
Um primeiro gole de uma cerveja barata.
E só e foi muito.
Quase infinito se não
Fosse a primeira e
A última vez.
Finito demais.
Um lance de F
Num deslumbre ofusca-me igual aos deuses
Esse cara que hoje na tua frente
Se sentou bem perto e à tua fala
Doce degusta.
SAFO – fragmento do fragmento 31
para cdj
a fraude e a farsa
se assemelham
(coisas humanas)
mas não são a mesma coisa
possuem em seus íntimos
a tragédia
e
a comédia
(mas extemporâneos e antípodas)
e muitos sentimentos bons
e outros mais ou menos.
mas mesmo que tenham insistido
não cabem mais num mesmo
palco
ou
picadeiro
(como a fumaça de um cigarro
e
o álcool dentro de um copo)
cai o pano
(mas na coxia a vida segue
sem ressentimento, sem drama, como precisa ser, como deve ser,
naturalmente...como a noite e o dia)
Mas como já escrevi em algum lugar:
“Quando a noite se encontrar com o dia
Já não são mais eles...”
[...]
a resposta foi essa:
Toda vista
toda vista
com o corpo que irão comer
as mãos que apertam
e os sons que relaxam
há de ver
assim
molhada
sem culpa
sendo sugada pelo pênis perdido na pandemia
puta merda
ou pela buceta entreaberta empossada exaustivamente sem entardecer
pra quê.
aquilo que não confesso nem a ti
sobre ti
quiçá aqui
reprimido, engolido, sufocado.
diga aos solitários que
a mão que me toca é a tua
sem governos
com visgo
sem vírus
escrita sublime
como um orgasmo
impossível.
CDj
ANTES BEM ANTES OU FOI DEPOIS?:::
A JAGUNÇA, A FRAUDE E A FARSA...ANTES QUE AMANHEÇA...
Ela chegou através da matriz
Elas belas, pareciam duas irmãs
Todas sorrisos
Ela de cara, embriagada (queria o quê?) Era um maldito bar de esquina
/ ou de uma crossroad?
(pórtico partido para lugar nenhum e todos os lugares, diria o cara do Chiado?)
E embriagadora
Eu embriagado queria o quê? Era um 7 do 7, para variar um sábado:
“seja o que vier”
Depois no Santuário do Beco – o “lupanar” e o papo sem pé e sem cabeças
Uma, duas, três vezes...
A presença dos corpos eram apenas paisagens imperfeitas
De um obscuro e escuro arrabalde do reino de “Pasargada”
Perto do Bar da Zona
Havia desejos? Provável...
Depois os outros depois e a presença sempre do C2H5OH
E daquele navio que não pegarei nunca/apesar da música
Que amo e odeio. Não necessariamente nesta ordem.
E o meu interminável: estou indo embora
E indo mesmo....eiÁi!
Depois descobri “a fraude” não era estrangeira
Era da terra mesma
E retornou
Para quê?
Como a “Velha Senhora” de Durrenmatt
Não, seu coração vagabundo e vagamundo
Não tinha lugar para isso.
Eu acho....que sei eu de uma desconhecida
Se até hoje nem me conheço?
Voltou porque todo mundo volta um dia
Voltou para prestar contas com o passado?
Fazer contas com o presente?
Tecer com o futuro passados diferentes?
A falta de sobriedade não permite certezas
Quem és tu?
Riobalda?
Diadorinho?
C. Claudell?
C. Paglia?
C. Lima?
C. Diaz?
E todas as Simones e gêneros e subgêneros ao luar. Alguns uivavam?
“Ser ou não ser?”. Sendo, não sendo, tecendo. Azul ou rosa – cinza?
Brasil-África (oceano no meio do caminho tinha um oceano
que vai dar sempre nos mesmos lugares, mesmo que seja ao contrário)
Patos, Ribeirão do Carmo, Portugal, Villa Rica,
Uberlândia, Patos....
(o eterno retorno)
(depois de uma eterna fuga)
E seguiam-se os dias e as noites
E os mesmo bares:
“Iraque”, “Soneca”, “da Lapa”, “do Arrozal”,
“do Lupanar”... Macular um lupanar:
Iconoclastias das iconoclastias.
A advertência no Macbeth foi inútil...então! (2, III)
Oh! Amo os bares
Ou amo os animais barais? Bar-rocos?
Tanto faz desde que nunca se saia como entrou.
E a epiderme blanca?
Las manos blancas?
O sangue azul – menos azul ou mais azul que aquela neblina
Vegetal?
Los hojos negros
Las blancuras de todas as curvas e contra-curvas.
Os pequenos tons de rosas...das extremidades extrêmulas.
As marcas do passado, tatuagens desejadas e as indesejadas.
Os aromas dos pelos negros no meio da meia noite...
As fumaças, as brumas não naturais
A corrubiana nefasta embriagadora
O vinho
A cerveja (cremosinhas...)
A aguardente de cana
O campari (o copo oriental)
O whisky, o velho diabo Jack...
Os jilós, as cebolas, os alhos, as carnes.
As carnes...
Teve até café e água. Imagine, café?
Sem contar as águas...as águas
Dos copos
Dos tubos
Dos corpos...
Teve o livro da lama com a dedicatória
Ficcional: lágrimas na chuva
Teve a cadela dela
E o cãozinho dela
(perdido num beco sem saídas) (ou num brejo com uma entrada?)
As advertências da Leoa. A cumplicidade da Leoa?
E de quando em quando um telefone deletado
Como se fosse possível deletar o passado, o presente
E criar o futuro.
“Vivemos em mundos diferentes...”
Mas quem vive no mesmo mundo?
“Vivemos em épocas diferentes...”
Como as jabuticabas, quem não é extemporâneo?
Mas e a prosa, atemporal, extemporânea e intemporal?
É melhor nem falar das ideias diferentes...políticas etc.
Nada mais fraude, nada mais farsa:
“A dor do amor é com outro amor que a gente cura”.
Depois as noites inconclusas, confusas
Os momentos dos corpos em suspensão
Os malditos corpos descarnados em desejos
Tênues desejos como fios que não concluíram
teias de aranhas.
Os jogos de sinuca
Os jogos das palavras – o mais amargo de todos os jogos
Onde quem ganha perde. Sempre.
O jogo dos palitinhos.
Os malditos palitinhos!
As revisões dos outros. As não “autorrevisões”
Os livros não lidos, os filmes não vistos
Os adeuses também inconclusos
Tudo inconcluso, tudo
- só os velhos egos concluídos
E sólidos como aquela cruel lama de Bento Rodrigues.
“Onde estará a rainha que a lucidez escondeu?”
Sobrou a Rainha dos Volscos? Inclemente, forte (...)* e doce
Como a madrugada?
Sem contar os hialinos fragmentos húmidos
Dos peraus mais recônditos
Íntimos, aromáticos, mas impuros.
E o canto das Sereias?
Faltou a cera no ouvido,
Faltou depois, os liames do mastro.
Agora é tarde?
Nunca é tarde.
Nunca é cedo.
Nunca é nunca mais?
Never more?
Assim como não nascemos um para o outro
Também não morreremos um pelo outro
E não viveremos um pelo outro
Agora é tarde, sempre é tarde quando não
Houve um cedo.
“Y así seguimos andando
Curtidos de soledad...”
J.j. fevereiro ainda, mas o ano já acabou. Sis felix
*acrescentado em março seu mês
achei isso dentro de um livro que comprei para ti, livro de J. L. Borges, O Aleph, talvez qualquer dia ele apareça no pórtico "82", achei legal, apesar que patético demais. como eu.
desculpe eu enviar,
desculpe por tudo e por nada.
delete e ou exclua.
ps. está sem formatação e um tanto obscuro, como a vida
ANTES DO FIM TOTAL:
* últimas palavras da web: Só converso contigo quando voltar e fizer o “istroggonofi.”
A caixa com os ingredientes está do jeito que deixamos. A cerveja ainda está na geladeira... O tempo parou por aqui. Venha colocar os ponteiros nos "is" e os pingos no relógio.OK *ou melhor, ótimo* Só ela entrar no “lupanar” que baixa o espírito K. K.. Nunca mais quero entrar naquele beco. Entrar num beco sem saídas para ferir-se, é masoquismo que não mereço. Acho.- lamentável...muito lamentável --não ia voltar. mas vi sua mensagem. estava feliz. segura de si. o resto é passado. bom. mais ou menos. mas passado. *é melhor assim, eu sou um beco-
Agora que
vi as mensagens.
Foi bom ter vindo ontem.
Teria ido ao C.se tivesse lido antes.
Aquela hora eu já estava pra dormir. Somos todos becos, becos com muito fundo.
Me avisa quando for tomar uma, se quiser.
Paz.
:)
você foi uma coisa boa em minha vida. mas dolorosa agora. eu preciso aprender a viver o meu tempo, com as minhas pessoas. sempre irei te querer bem. mas precisamos seguir nossos caminhos, que como os de Borges, se bifurcam e nunca mais se encontrarão no beco ou em qualquer bar. só se for pelo acaso. ontem precisava te ver com calma e resignação. a resignação é matéria do tempo esse aliado e inimigo, necessário --ATENÇÃO: jagunçinha agridoce, finja que fui um baseado paia que você fumou, nem deu um barato legal e depois jogou a bituca no vaso e deu descarga. e só! muita calma, a tempestade que não criamos, se aproxima ps. não sei se te disse ontem, não existe em meu pc ou em qualquer lugar, nenhuma imagem sua, ou mensagem, inclusive as dos eventos da praça etc., como disse você "as melhores fotografias ficam na memória. " algumas sim. deletei tudo, tudo sis felix:/..
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Eu achei que poderia estar se tornando uma pessoa sua, como você estava a se tornar uma minha.
Em nenhum sentido a não ser no de compartilhar a vida. Talvez tudo tenha azedado quando fugimos disso.
Como você sabe, passo meu tempo mais ao lado de animais do que de seres humanos.
Você é um amigo que fiz aqui, a única pessoa que me deixa à vontade para procurar a hora que for, mesmo que não seja possível encontrar. Um amigo, J.. E amigos não concordam sempre, não têm a mesma atitude sempre, não estão sempre em sintonia. São dois seres humanos cheios de defeitos, diferenças e oscilações. Como todos.
Honestamente, até agora eu não entendi por que sou uma "coisa dolorosa" pra você e por que você acha que nossos caminhos se bifurcam em direção ao desencontro eterno.
Você fica dizendo que faz mal pra mim, acho que é o contrário.
Mas vamos seguir.
Eu te respeito muito, e respeito suas vontades.
Se cuida....
eu usei a palavra errada. eu sei o poder das palavras, mas ultimamente só sei errar. mas "dolorosa", foi pegar pesado demais, o certo, se é que existe alguma coisa certa: "você foi uma coisa boa em minha vida. mas confusa agora". sim, essa minha cabeça desgastada e inconsequente, está cada vez mais confusa, não só com você, mas com um monte de coisas. mas dá pra levar. esse mundo ajuda, mas não posso culpar nada, nem ninguém.
jesus maria josé...pode ir que estou indo! :/
F. Como estudou na UFOP, e ainda mais no ICHS, já deve ter ouvido falar da tal de "harmatia", pois é aconteceu comigo, outros animais, outras pessoas de outros gêneros, então estou fodido (mesmo velho, ainda sou um homem, os desejos e os sonhos não envelhecem na mesmas proporções que a carne e nem da fumaça) , os meus problemas existenciais, fraudais, engodais, farçais, reais e financeiros não serão transmitidos a ninguém, então.....mas deixa isso pra lá. ficaram confirmadas todas as afirmativas primevas, farsas, fraudes, ilusionismos, etc. não sou confiável....mas provavelmente a existência desde julho até fevereiro, não foi alguma coisa descartável (momentos inesquecíveis..). depois disso uma bituca de Cannabis e um livro e só, mesmo que tenha se arrastado até 21 de março...numa espelunca. eu não sabia tudo ou fingia saber...quem sabe? Nem o Batman. mesmo assim, tenho tantos problemas vitais e reais e não preciso e nem quero que compartilhe deles. Eles existiam antes disso tudo e se perderão depois disso tudo. o seu silêncio, em tudo, foi uma dádiva, que agradeço, mas não preciso. e nem mereço e nem quero. não sou aquela cadela.. sou um tipo de cão que prefere ser da rua...a rua alimenta mais cães que deveria, mas eles são descartáveis, sorte deles.. e muita... |
Bom dia!
J., meu filho...não entendi absolutamente nada...
Mas acho engraçado você falar de silêncio...tu é que me bloqueia no whatsapp.;;;
Eu também não to me entendendo...é melhor assim mesmo, adeus
Para LEOA
decidi não ter mais amigos e nem amigas...e nem inimigos, apenas paisagens urbanas que bebem, falam, fumam, andam, sonham, defecam, reclamam, amam, odeiam, ficam tristes, reclamam, ficam loucas, fornicam, viajam e depois vão embora, ou ficam e ou eu caio fora, permanentemente ou provisoriamente...e só.
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