Leonardo da Vinci, branco,
gênio e gay - cinco séculos de sua morte
No dia 2 de maio de 2019
rememorou-se em todo o mundo ilustrado ou mais ou menos ilustrado, 500 anos da
morte de Leonardo da Vinci (1452-1519).
Apesar de ter nascido em
Anchiano, na região de Vinci, na Itália, por questões políticas e de mecenato, morreu
no Castelo de Cloux, na região de Amboise, na França.
Leonardo da Vinci foi o que
chamam de polímata ou polígrafo, foi pintor, escultor, inventor, anatomista, estrategista
militar, ecologista, geólogo, escritor, músico, arquiteto, arqueólogo, decorador,
desenhista e porque não dizer filósofo. Enfim, um gênio. E homossexual, como
seu contemporâneo e concorrente, também italiano, Michelangelo Buonarroti
(1475-1564). Ambos, obviamente, naquela época viveram dentro de algum tipo de
armário, os de Leonardo, de tecidos de cores berrantes e os Michelangelo numa
das matérias-primas de algumas de suas principais obras, o mármore. Mas esta
questão não vem ao caso.
Estes dois gigantes
renascentistas, dentre outros, e outro também gigantesco o italiano, Rafael
Sanzio da Urbino (1483-1520), foram inicialmente em termos biográficos
imortalizados por Giorgio Vasari no livro, Vidas dos Artistas, publicado
em 1550.
Da Vinci, desde a mais
tenra infância e durante toda sua vida, procurou conhecer e representar tudo o
que podia ser conhecido e desenhado ou pintado, todos os campos do conhecimento
humano, sobretudo daquela região da Terra, a Itália, em plena revolução
denominada de Renascimento. Mas não ficou em só aprender o que já estava pronto,
ele perscrutou o céu, a terra, as águas e os seres vivos, dentre eles, os
homens e criou uma miríade de novos e importantes conhecimentos que legou para
a humanidade.
Apesar de Leonardo ser conhecido
pelos seus feitos em vastos campos do saber e atividades, tornou-se célebre,
por assim dizer, mais conhecido, por algumas de suas inúmeras e polêmicas
pinturas, sobretudo, A última ceia, iniciada em 1495 e Mona Lisa,
iniciada em 1503.
Salvator Mundi |
Entretanto, mistérios e
polêmicas ainda rondam sua vida e suas obras.
A última, ou penúltima
delas, foi a descoberta em 2011 de uma pintura atribuída, e bem atribuída ao
seu talento: Salvator Mundi, de cerca de 1500. Na época da descoberta,
esta obra teria sido vendida por 127 milhões de dólares e em 2017 voltaria a
mudar de dono por US$
450,3 milhões, cerca de R$ 1,5 bilhão.
Para encerrar, cito as palavras de um de seus
últimos biógrafos, Walter Issacson: “Leonardo era um gênio, mas não só isso:
ele era a epítome de uma mente universal, que se esforçou para entender por
completo a criação de tudo, incluindo o lugar que ocupamos nela.”
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CLARK,
Kenneth. Leonardo da Vinci. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
GAYFORD,
Martin. Michelangelo; uma vida épica. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
ISSACSON,
Walter. Leonardo da Vinci. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2017.
KEMP,
Martin. Leonardo da Vinci. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 200.
PATER,
Walter. Leonardo da Vinci. São Paulo: Círculo do Livro, 1977.
VASARI, Giorgio. Vidas dos Artistas.
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