segunda-feira, 13 de maio de 2019

Leonardo da Vinci, branco, gênio e gay - cinco séculos de sua morte


Leonardo da Vinci, branco, gênio e gay - cinco séculos de sua morte



No dia 2 de maio de 2019 rememorou-se em todo o mundo ilustrado ou mais ou menos ilustrado, 500 anos da morte de Leonardo da Vinci (1452-1519).
Apesar de ter nascido em Anchiano, na região de Vinci, na Itália, por questões políticas e de mecenato, morreu no Castelo de Cloux, na região de Amboise, na França.
Leonardo da Vinci foi o que chamam de polímata ou polígrafo, foi pintor, escultor, inventor, anatomista, estrategista militar, ecologista, geólogo, escritor, músico, arquiteto, arqueólogo, decorador, desenhista e porque não dizer filósofo. Enfim, um gênio. E homossexual, como seu contemporâneo e concorrente, também italiano, Michelangelo Buonarroti (1475-1564). Ambos, obviamente, naquela época viveram dentro de algum tipo de armário, os de Leonardo, de tecidos de cores berrantes e os Michelangelo numa das matérias-primas de algumas de suas principais obras, o mármore. Mas esta questão não vem ao caso.
Estes dois gigantes renascentistas, dentre outros, e outro também gigantesco o italiano, Rafael Sanzio da Urbino (1483-1520), foram inicialmente em termos biográficos imortalizados por Giorgio Vasari no livro, Vidas dos Artistas, publicado em 1550.
Da Vinci, desde a mais tenra infância e durante toda sua vida, procurou conhecer e representar tudo o que podia ser conhecido e desenhado ou pintado, todos os campos do conhecimento humano, sobretudo daquela região da Terra, a Itália, em plena revolução denominada de Renascimento. Mas não ficou em só aprender o que já estava pronto, ele perscrutou o céu, a terra, as águas e os seres vivos, dentre eles, os homens e criou uma miríade de novos e importantes conhecimentos que legou para a humanidade.
Apesar de Leonardo ser conhecido pelos seus feitos em vastos campos do saber e atividades, tornou-se célebre, por assim dizer, mais conhecido, por algumas de suas inúmeras e polêmicas pinturas, sobretudo, A última ceia, iniciada em 1495 e Mona Lisa, iniciada em 1503.
Salvator Mundi
Entretanto, mistérios e polêmicas ainda rondam sua vida e suas obras.
A última, ou penúltima delas, foi a descoberta em 2011 de uma pintura atribuída, e bem atribuída ao seu talento: Salvator Mundi, de cerca de 1500. Na época da descoberta, esta obra teria sido vendida por 127 milhões de dólares e em 2017 voltaria a mudar de dono por US$ 450,3 milhões, cerca de R$ 1,5 bilhão.
Para encerrar, cito as palavras de um de seus últimos biógrafos, Walter Issacson: “Leonardo era um gênio, mas não só isso: ele era a epítome de uma mente universal, que se esforçou para entender por completo a criação de tudo, incluindo o lugar que ocupamos nela.”

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

CLARK, Kenneth. Leonardo da Vinci. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
GAYFORD, Martin. Michelangelo; uma vida épica. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
ISSACSON, Walter. Leonardo da Vinci. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2017.
KEMP, Martin. Leonardo da Vinci. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 200.
PATER, Walter. Leonardo da Vinci. São Paulo: Círculo do Livro, 1977.
VASARI, Giorgio. Vidas dos Artistas.

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